Quem somos
Somos um grupo de jovens (Alê, Samara, Luíza, Elena, Léo, Helen, Lukas, Day) — e uns nem tão jovens assim (Marcos, Severo) — que tem como interesse tudo que pulsa no território do Morro do Preventório (Niterói, Rio de Janeiro). Assim, nos juntamos com o propósito de dar potência aos projetos dos moradores do território.
Nossa história
Nossa história, como tudo que a gente faz, começa com acolhimento. O nosso ponto de partida é com o Banco do Preventório, que é uma organização comunitária que atua na favela do Preventório, em Charitas, Niterói, RJ. Lá é um espaço de funções diversas, uma dessas, que surgiu organicamente, é a de escuta dos moradores do território. E escutar é também acolher, mesmo que, na maior parte das vezes, esse acolhimento seja “só” isso: uma escuta, um pequeno espaço e momento para os moradores expressarem seus sonhos para alguém disposto a ouvir.
A partir da alta demanda por escuta é que nasce a necessidade — inicialmente apenas um desejo — de se organizar melhor para atender a todos esses pedidos. A PrevêLab, em si, só começa a tomar forma quando surge a oportunidade de participar de um edital, o Favela Inova. Só então pensamos pela primeira vez que nosso desejo poderia vir a se tornar realidade! No fim, ganhamos a “competição” e hoje temos um prêmio como representação dessa jornada. Já no meio da caminhada, aprendemos e fizemos diversas coisas; é importante pontuar que a PrevêLab nasceu no dia 21/10/2021 às 13:50h — ela é libriana, tal qual a Luíza —, em Niterói, e nós carinhosamente sempre nos referimos a ela no feminino, em homenagem às potências femininas que nos cercam e nos guiam. A PrevêLab nasceu nesse dia, pois foi o dia em que todos, por grupo de Whatsapp, concordamos com qual seria seu nome.
Hoje depois de tanto caminhar e refletir sobre o que somos e o que fazemos, temos algumas certezas – mesmo não nos prendendo a nenhuma delas porque, afinal, tudo na vida é mutável. Alguma delas são:
- Somos uma Começante (ou startante ou estrela pra cima — star-up —, o que você preferir) e a gente se denomina assim porque damos preferência aos termos em português e, sejamos sinceros, Começante tem muito mais personalidade que startup;
- Nos guiamos pelos ensinamentos de Tião Rocha e é dele que tiramos nossa definição do que é tecnologia. Tecnologias são o equilíbrio entre as Tics e as Tacs, referenciando um tweet do próprio: “TICs (tecnologias de informação e comunicação) X TACs (tecnologias de aprendizagem e convivência) TICs (meios) x TAC s (fins)” – Tião Rocha. Algo importante que também aprendemos com as educadoras do CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento) e o Tião é o conceito de cultura. Ele é o que uma comunidade sabe, faz e quer. A cultura são os saberes, os quereres e os fazeres de um coletivo;
- Também somos guiados pelo aforismo de Dona Graça: “Faz devagarinho e cuida das pessoas”. Dona Graça é nossa referência máxima de como conduzir nosso trabalho e é cria do Preventório;
- Nossa missão é dar espaço e ajuda pedagógica para os grupos do território, principalmente aos do Preventório, mas a gente abraçaria o mundo se ele pedisse.
Esperamos que, nessa caminhada, que só o tempo dirá o quão longa será, que possamos trocar muitas experiências e deixar um pouquinho de nós em cada pessoa que vá trabalhar com a gente e trazer um pouco deles conosco.
Nossa cultura
O que sabemos (Saberes – Passado – Ancestralidade)
Com os saberes de Dona Graça, Tião Rocha e Paulo Freire juntos e misturados, não tinha como nosso trabalho ser no tempo capitalista opressor que quer tudo para ontem e que não pensa na saúde — em nenhum nível — das pessoas. Com cada uma dessas entidades (entidades aqui como algo que nos rege, nos orienta) nós aprendemos a escutar, acolher, fazer devagarinho e cuidar de cada um, tanto entre a equipe como com os acolhientes (pessoas incríveis com ideias incríveis que a gente acolhe, não tem essa de cliente aqui não).
É isso que passamos para aqueles que estão com a gente: cuidado. Estamos sempre aprendendo uns com os outros a melhor forma de praticarmos esses ensinamentos que nos fundam. Nossa meta? Que nossos acolhientes compreendam que a gente só tá aqui porque eles nos permitiram e embarcaram, junto com a gente, nessa contracorrente, na qual é possível produzir no seu próprio tempo e ser acolhido por isso.
O que fazemos (tempo presente – ação cotidiana)
Conectamos pontas luminosas (ou pontos luminosos).
Damos cursos (para):
- Wiki Favela: Dicionário de Favelas Mariele Franco
Organizamos cursos:
- Mães à obra
Produzimos dados:
- Mapas
- Coleta de dados
- Sorrisos e abraços quentinhos 🙂
O que queremos (utopias – visão de futuro – sonhos)