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Encontros que produzem afeto.

Alessandra Figueiredo, novembro de 2022.

A equipe do mapeamento do projeto se encontra duas vezes na semana para discutirmos sobre nossas tarefas, encaminhamento de atividades e etc. Mas no dia 27 de outubro, a nossa reunião seria um pouco diferente. Nosso encontro online contou com a presença de quatro figuras maravilhosas: o querido mineiro Pedro Henrique – representante da TETO MG -, os também mineiros André Massahud e Ana Laura Souza – representantes do Projeto Dados a Prova D’água – e a liderança comunitária – essa também mineira – Nayara. Em resumo, tivemos uma mistura de Rio com Minas.

Antes de falarmos como foi o papo, vocês devem estar se perguntando sobre os dois projetos citados acima. Se não estão… bem, a gente explica do mesmo jeito. A TETO é uma organização não-governamental que atua na América Latina (incluindo o Brasil), “mobilizando voluntárias e voluntários para atuar lado a lado de moradoras e moradores em comunidades precárias de diferentes Estados.” (você pode ler mais sobre aqui). A TETO MG, então, é o escritório da TETO BRASIL no estado de Minas Gerais. Já o Dados a Prova D’água é um projeto internacional e multidisciplinar que “investiga a governança dos riscos relacionados à água, com foco nos aspectos sociais e culturais das práticas de dados.“ (você pode ler mais sobre aqui).

Nosso papo, que durou um pouco mais de 1 hora, foi sobre nossas vivências de mapeamento participativo; nós falamos do nosso trabalho no Preventório (Niterói, RJ) e ouvimos bastante sobre as experiências deles na comunidade Guarani Kaiowá (Contagem, MG). O mapeamento afetivo que eles realizaram, que ocorreu durante o ano de 2022,  foi feito graças à atuação do projeto Dados a Prova D’água e da TETO MG. A partir desse mapeamento, foram produzidos, além do mapa da comunidade (disponível aqui), manuais de aplicação de mapeamento participativo com base na experiência do projeto, que você pode encontrá-los aqui.

É sempre muito bonita essa troca com projetos que se alinham com o nosso fazer no UrbeLatam. Escutar o relato de Nayara de como foi importante essa atuação na comunidade em que ela vive, ver André e Ana Laura contando empolgados sobre como era o dia a dia do seu trabalho e ouvir Pedro Henrique contato também suas experiências nos dá mais força e nos faz acreditar de que faz sentido o que fazemos no Preventório; nos dá mais força para tentarmos ampliar o fazer mapas não do jeito tradicional, mas a partir das histórias, dos afetos, das dores e das vozes de cada pessoa que compõe cada comunidade.